sexta-feira, 7 de novembro de 2008



Adrenalina sob quatro rodas
Prova de Jeep Cross agita a Granja do Torto
Por Cleyton Caetano

A última etapa do candango de Jeep Cross, ocorrida no dia 14/09, quebrou o ar tranqüilo da 26ª Exposição Agropecuária da Granja do Torto. Em meio aos leilões de animais e provas eqüestres, o ronco alto dos motores e a perícia dos pilotos também tiveram seu espaço.
Num circuito bastante seletivo com obstáculos e muita lama, ganha quem conseguir a melhor média cronometrada na pista interna e externa do traçado. As baterias são eliminatórias e divididas por categoria de veículo, para equilibrar a disputa.
O grande campeão na categoria Jeep foi o piloto Reinaldo Siqueira, com o tempo de 1min 34 seg., vencendo seu irmão Rinaldo que sofreu uma quebra na segunda e decisiva volta. Na categoria protótipos (gaiolas) o vencedor foi Eduardo Queiroz, fazendo o tempo de 1min 38 seg., e em segundo lugar Marcelo Valim, com 1min 57 seg.
A realização dessa prova e outras do gênero serve para divulgar o esporte e atrair novos adeptos, frisou Marcelo Valim, representante do
Jeep Club de Brasília - JCBsb. Normalmente os praticantes do esporte se reúnem para enfrentar trilhas dentro do cerrado, com grau de dificuldade maior que as provas de Jeep Cross.
Os ralis de regularidade, como a Copa Brasília Off-Road, onde o piloto cumpri um percurso no tempo definido pela organização, são o ponto alto do calendário de eventos encabeçados pelo JCBsb. A 4ª Etapa da Copa Brasília será realizada dia 31/10, as inscrições podem ser feitas na sede do Jeep Club no Mezanino do 2º piso do Terraço Shopping, de segunda à sexta-feira, das 08:00 às 12:00 horas.
Para quem quiser conhecer mais afundo esse mundo, o Jeep Clube realiza encontros semanais, às quintas – feiras no estacionamento do Terraço Shopping, às 19:00, onde os associados expõem seus carros, respondem a perguntas dos visitantes e marcam novas aventuras.

Esporte de alto custo

Como qualquer modalidade envolvendo automobilismo um certo grau de investimento é necessário para quem deseja rodar pelas empoeiradas trilhas do planalto central. O esporte acaba atraindo pessoas com um poder aquisitivo mais alto, pois a máquina precisará de um grande número de profissionais como mecânicos e torneiros na retaguarda para manter tudo funcionando.
Para se ter uma idéia um Jeep Willis, preferido dos jipeiros pela simplicidade no funcionamento e sua robustez, em sua configuração básica não sai por menos de R$ 13.000,00 valor alto se considerarmos que boa parte desses carros têm pelo menos trinta anos de estrada. Contando com as inúmeras adaptações pelas quais o modelo pode passar o final da fatura fica por conta da criatividade e do fôlego financeiro do dono do carro.
Uma saída mais barata e optar pelas versáteis gaiolas, veículos que herdam o chassis e a motorização do Fusca. A construção tubular da estrutura da gaiola aliada a menor distância entre eixos, possibilita ao mesmo tempo leveza e durabilidade ao modelo, características que compensão a ausência de uma tração 4X4 igual a do Jeep.
O Policial Militar Décio Castello Branco Neto, dono de uma gaiola, elenca entre outras qualidades, o menor custo com a manutenção do veículo, pois além do motor toda parte de suspensão e freios é oriunda do velho Volkswagen, facilitando a obtenção de peças de reposição por preços menores se comparadas a outros modelos Off Road mais sofisticados.
O valor final do veículo de Décio, com todos os melhoramentos necessários visando maior performance, gira em torno dos R$ 7.000,00 o que é considerado uma economia, pois boa parte do trabalho foi executado por ele. Outro ponto encarecedor para ele da “brincadeira” é o pós trilha “algumas horas de diversão na lama e dias de trabalho na oficina depois” finaliza.
O convite está feito pra quem deseja passar o domingo debaixo forte sol e umidade do ar para lá de baixa e com lama até o pescoço. Pode não parecer o melhor programa para um fim de semana, mas, ao ver o ar de satisfação dos participantes, certamente sua opinião vai mudar.

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